sábado, 14 de julho de 2012

VERSOS DE NOITE

Já se fazia noite e ele me amava
Seus braços galhos verdes rijos, fortes
Mãos estiradas em minha direção...


Já se fazia noite e ele cantava
Doces boleros para que eu dormisse
Antes os beijos bons ele me dava...


Já se fazia noite e a própria noite
Vestia-se de mim amada ainda
Beijava os beijos dele em puro açoite...


Fêmea distante de rugosa fronte
Eu me pergunto se os cegados olhos
Me buscariam no lado de cá da ponte ?


Já se fazia noite...Já se fazia!


Dorothy de Castro    Poesias pontilhadas



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